Nunca parar de correr, rumo a desafios inéditos: essa é a premissa de Carlos Dias, ultramaratonista, considerado Super-Humano pelo canal de TV norte-americano History Channel e listado duas vezes no livro dos recordes brasileiro.

É com esse entusiasmo e um sorriso estampado no rosto que Carlos – considerado o primeiro sul-americano a enfrentar os quatro desertos mais extremos do mundo (Gobi, Sahara, Antartica, Atacama) –, segue para seu próximo desafio: Racing The Planet New Zealand 2019. Na 11ª edição da prova, o cenário é a ilha Sul da Nova Zelândia, a Queenstown, solo que recebe, pela primeira vez, esse tipo de prova.

Ao todo, serão 250 km percorridos em sete dias (3 a 9/03), em uma prova de autossuficiência, onde o atleta terá que administrar toda a alimentação, hidratação, equipamentos para frio, chuva e várias outras intempéries em uma pequena mochila. A prova acontece por etapas, com uma média de 40 km diários.

“No 5º dia, o próprio teste de resistência separa ‘meninos de guerreiros’, é quando a média diária sobe para 80 a 100km, o que exigirá que os atletas percorram uma média de 20 horas, passando dia e noite em selva, montanhas, cruzando rios, fazendas e tendo o contato direto com os povoados locais”, reforça Dias.

Dupla com atleta paralímpico

Mas, essa não é a única novidade: esta é a primeira vez que dois atletas, do mesmo país, e que completaram os quatro desertos mais extremos do mundo, irão percorrer uma prova extrema juntos, lado a lado, em uma missão de superação, resiliência e companheirismo.

Carlos terá a companhia de Vladmi Virgílio. O atleta paralímpico que, aos 30 anos de idade, perdeu a visão, será guiado pelos olhos de Carlos, enquanto esse receberá a condução e a sensibilidade de outros três sentidos (audição, olfato e tato) para seguir em um desafio que requer muita resiliência e companheirismo.

“Muito mais do que físico, este desafio testa, no limite, a aptidão de observação, estratégia mental, além do emocional e a capacidade de relacionamento”, reforça Dias.

Quem é Carlos Dias?

Carlos, hoje com 46 anos de idade e 26 anos de carreira, acumula 145 mil de km percorridos em mais de 80 países – o que é equivalente a três voltas e meia no planeta terra. Suas conquistas são diversas, como correr mais de 300 dias seguidos, e uma média de 65 km por dia (literalmente, mais do que uma maratona diária). E seus desafios se revertem em apoio ao GRAACC, instituição social sem fins lucrativos que garantem às crianças e aos adolescentes com câncer as chances de cura.

O seu título de super-humano, concedido pela The History Channel, surgiu exatamente pelo desafio dos quatro desertos, realizados todos em menos de um ano, e alguns com distância de menos 3 semanas, quando Carlos migrou de temperaturas acima de 50 graus Celsius, para menos 50. E tudo isso com um calçado de plástico.

Mais informações: http://www.carlosdiasultra.com.br

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